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DIPLOMACIA CULTURAL: O EXEMPLO COREANO PARA BRASIL E PORTUGAL

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Por décadas, assistimos Hollywood promover o american way of life globalmente, atraindo investimentos e turismo para os Estados Unidos. Hoje, vemos acontecer a onda coreana (Hallyu), abrangendo K-dramas, K-pop e filmes como o fantástico Parasita, primeira obra em língua estrangeira a vencer essa barreira e levar o Oscar de Melhor Filme. Contudo, essa grande expansão cultural não é espontânea: é resultado de um planejamento estratégico e de altos investimentos governamentais. Segundo a Korea Foundation, organização pública dedicada a promover a imagem e a compreensão da Coreia do Sul no cenário internacional, o número de fãs globais da hallyu ultrapassou 225 milhões em 2023, tendo aumentado 24 vezes em relação aos resultados da primeira pesquisa, realizada em 2012. Já de acordo com um relatório da Allied Market Research, somente o mercado de eventos de K-pop foi avaliado em 8,1 bilhões de dólares em 2021, com projeções de que chegará a 20 bilhões de dólares até 2031. Nesse contexto, observo Brasil e Portugal, países nos quais trabalho, e vejo que, embora haja esforços de internacionalização, há um imenso potencial subaproveitado tanto para a cena cultural em si como para o soft power

Parasita

Filme Parasita (2019)

Ouça o artigo completo:

Esse “poder brando”, conceito do cientista político Joseph Nye, define a capacidade de um país influenciar outros por meio da atração e persuasão, em contraste com o hard power, que envolve força política, militar e econômica. Elementos como língua, religião, ciência, esportes e cultura em geral compõem o soft power, que é orientador da diplomacia cultural. Veja só: a Coreia lançou este ano um visto exclusivo para fãs de K-Pop. Este é um claro exemplo do impacto da cultura no turismo, gerando bilhões em receita. Para Brasil e Portugal, trabalhar o soft power com um alcance como esse requer mais do que investimentos pontuais: é preciso uma estrutura sólida, pensada para o longo prazo, parcerias estratégicas e inovação.

A região da Ibero-América tem apostado em diversos programas para fomentar essa internacionalização. Um deles é o Ibermúsicas, focado em internacionalização musical através de diversas linhas de apoio, como criação, circulação, formação e mais. Ele registrou, desde 2012, aproximadamente 15.000 inscrições, tendo apoiado 1.500 projetos. Fernando Tomasenia, da Unidade Técnica, em depoimento para minha pesquisa sobre o tema (apoiada pelo mesmo programa), ressalta que o Ibermúsicas tem fortalecido a diplomacia cultural ao promover intercâmbios e parcerias entre 15 países da Ibero-América, alcançando impacto também fora da região. Entretanto, mesmo com muitos projetos apoiados, a estatística mostra que a demanda é muito maior.

Brasil e Portugal são países com tamanhos, populações, orçamentos e conjunturas políticas diferentes. O Brasil tem um sistema mais amplo e apoia projetos através de leis de incentivo à cultura e fundos de cultura nas esferas federal, estadual e municipal, além de programas de fundações e empresas, como Natura Musical, Itaú Rumos, Petrobrás e Caixa Cultural. Em Portugal, destacam-se os programas da DGArtes, Fundação Gulbenkian e Fundação GDA, sendo que esta última tem, além do programa de circulação, um focado em showcases internacionais. Mas, tomadas as proporções, considerando o tamanho do tecido cultural, nos dois casos são pontuais os programas voltados para a internacionalização. Dentre os que existem, em muitos casos demanda-se uma burocracia imensa e os prazos de resposta são tão longos que colocam em risco a viabilidade da proposta. Viagens exigem planejamento antecipado, bilhetes aéreos variam de preço diariamente. Um concurso que aceita o menor valor possível dos bilhetes na inscrição não cobrirá o custo meses depois, quando o resultado sair em outra realidade. 

A lógica e a logística por trás dos processos de internacionalização terão mais sucesso se forem pensadas em conjunto, com a participação de agentes culturais e apoiadores. Do contrário, artistas e produtores continuarão disputando entre si poucas oportunidades, engolidos pela burocracia e com um grande potencial artístico desperdiçado. Do outro lado, há órgãos e instituições com poucos funcionários, um mar de candidaturas para avaliar e estruturas jurídicas tão complexas que mudanças nos concursos demandam um tempo imenso. 

Edgard Telles Ribeiro, diplomata brasileiro, reforça que o Estado tem a função primordial de assegurar e facilitar o fluxo de trocas que as pessoas da sociedade espontaneamente estabelecem entre si. Ou seja, não há diplomacia cultural sem a cultura; e não há cultura sem os agentes culturais. Artistas, produtores, técnicos e todos os profissionais dessa cadeia precisam ter boas condições de trabalho, segurança, direitos. Um grande trabalho interno é necessário para preparar a internacionalização. 

Entretanto, é impossível que isso seja feito por completo antes de internacionalizar. Mas enquanto o caminho é percorrido, há boas possibilidades de ações que colaboram para a internacionalização artística e a construção de uma forte diplomacia cultural. Seleção pública de agentes culturais e financiamento para participação em feiras internacionais, acordos bilaterais e multilaterais para residências artísticas, ampliação dos apoios às viagens internacionais, incentivo ao aprendizado de línguas com foco em agentes culturais, inovações tecnológicas para conectar contratantes a agentes e artistas e apoios à criação artística com foco internacional são alguns dos muitos exemplos. 

Para que isso aconteça, é essencial promover mudanças estruturais que simplifiquem o acesso a financiamento cultural, associadas a uma estratégia clara de investimentos regulares em iniciativas que conectem as culturas de Brasil e Portugal ao cenário global. Países que apostam na cultura como direito do povo, como fonte de educação, motor da economia e da diplomacia cultural, demonstram isso no orçamento. É possível conciliar liberdade artística, uma cultura que sirva à comunidade e aos interesses do Estado (que, afinal, devem ser os interesses do povo). A colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil é fundamental para preencher lacunas de financiamento e tornar o sistema mais eficiente e dinâmico. 

O exemplo coreano mostra que a cultura é uma expressão da identidade de um país e um caminho estratégico de conexão com o mundo. Se Brasil e Portugal desejam fortalecer seu soft power internacional e sua cultura internamente, é preciso pensá-la e priorizá-la de forma consistente no orçamento, fazendo com que seja percebida como parte vital da economia e da identidade nacionais. Essa é uma escolha estratégica, que traz um impacto duradouro interno e internacional. 

Isabella Bretz

“BIFURCAÇÃO”: NOVO VIDEOCLIPE COM PRODUÇÃO DA PRIMATA FILMES

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Existem momentos na vida em que nos deparamos com encruzilhadas. Escolhas a fazer, caminhos a seguir. Às vezes, temos tempo para refletir. Outras vezes, a decisão precisa ser instantânea. Há ainda aquelas bifurcações que só percebemos que existiram muito tempo depois.

É sobre essas reflexões, sobre a vida e suas escolhas, que nasce o novo videoclipe da música “Bifurcação”, de Isabella Bretz e Rodrigo Lana. O clipe, dirigido por Luís Evo (Primata Filmes), conduz o espectador por uma narrativa sensível e profunda, explorando os caminhos que traçamos e as decisões que nos moldam.

A direção e roteiro de Luís Evo, aliados à sua direção artística, na companhia de Victória Morais e Rogério Santos, criam uma experiência cinematográfica envolvente. Com fotografia e edição também assinadas por Evo, o videoclipe traz um olhar poético sobre os momentos em que a vida nos obriga a escolher.

No elenco, as interpretações de Bruna Chiaradia (O Palhaço, Citações) e Rogério Santos dão vida aos personagens adultos, enquanto Anita Morais, Marcos Modesto e Matheus Modesto (sim, são dois atores!) nos transportam para a infância e suas primeiras bifurcações.

A canção “Bifurcação” nasce da composição e voz de Isabella Bretz, em colaboração com Rodrigo Lana, responsável pela produção musical e arranjos. Com mixagem e masterização feitas por Lana, a faixa ganha camadas sonoras delicadas e intensas. Alexandre da Mata dá ainda mais profundidade com seu violão e guitarra, enquanto os instrumentos virtuais de Rodrigo Lana completam a atmosfera envolvente da canção.

“Bifurcação” é um convite para olhar para dentro, relembrar escolhas, pensar nos caminhos trilhados e nos que ainda virão.

VÍDEO:

Direção e roteiro: Luís Evo ‪@primatafilmes‬
Direção artística: Luís Evo, Rogério Santos, Victória Morais
Fotografia e edição: Luís Evo
Atores Convidados (adultos): Bruna Chiaradia(‪@brunacchiaradia‬) e Rogério Santos
Atores Convidados (crianças): Anita Morais, Marcos Modesto, Matheus Modesto
Produção de Locação: Marco Túlio Evo, Victória Morais
Casting: Ana Gabriela Resende, Isabella Bretz
Assistente: Josué Simplício
Agradecimentos Especiais: Inaê Pereira e Lucas Vinícius Emerik

MÚSICA:

Composição e voz: Isabella Bretz
Produção musical e arranjo: Rodrigo Lana e Isabella Bretz
Gravação, mix e master: Rodrigo Lana ‪@RodrigoLana‬
Violão e guitarra: Alexandre da Mata
Instrumentos virtuais: Rodrigo Lana
Produção executiva: Isabella Bretz

“CABEÇA FORA D’ÁGUA”: NOVO ÁLBUM DE ISABELLA BRETZ E RODRIGO LANA TRAZ REFLEXÕES SOBRE A VIDA VESTIDAS DE FOLK E INDIE

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Obra conta com participações especiais, toques de humor e instrumentação que une o acústico ao digital

 

Basta abrir os olhos de manhã para receber as primeiras demandas da vida. No telefone, redes sociais e email, muitas vezes aguarda por nós uma interação que a capacidade humana não é capaz de suprir. Diariamente, esperam para serem administrados: casa, alimentação, trabalho, horários, transporte, contas, as mais diversas relações e sentimentos… A sensação é que tudo isso vai criando uma onda prestes a passar por cima de nós. Sentimos que estamos em uma corrida da qual a linha de chegada jamais chega.

Capa de Renato Enoch

OUÇA AQUI!

A incapacidade de atender a todas essas demandas e necessidades é o pano de fundo de Cabeça Fora D’Água, novo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana. O disco conta com 10 faixas que tratam diferentes temáticas que trazem inquietação para as pessoas, buscando ser um conforto ou simplesmente abrir um espaço de diálogo sobre estes temas. 

Rodrigo Lana e Isabella Bretz por Raquel Pellicano

As portas do disco são abertas com Respiro, canção que convida ao movimento após uma fase de inércia, desmotivação. Ela conta com a cantora e compositora tcheca Markéta Irglová, cantando pela primeira vez em português na sua carreira. Markéta, que ficou conhecida por sua participação no filme Once e pelo Oscar que recebeu com a canção do filme, tem uma sólida carreira solo e um trabalho inspirador. Sua voz uniu-se à de Isabella com leveza e potência, criando uma atmosfera que abraça os ouvidos. 

Destacam-se também: Pedido, que celebra a intimidade entre amigos comum na infância e na adolescência, mais difícil de ser experienciada na idade adulta; Quem Foi?, que contesta com bom humor as regras da sociedade que somos obrigados a cumprir sem ter sido consultados para criar; 30 de fevereiro, com o artista mineiro Renato Enoch, que questiona a necessidade de padronização na sociedade; Sentido, com a artista bielorrusa e residente em Portugal Katerina L’Dokova, que faz um passeio pelo nosso sistema sensorial, convidando à presença; Cicatriz, o primeiro single do álbum, que traz um olhar de acolhimento e libertação para as marcas da nossa história… Cada uma das faixas, à sua maneira, gira em torno do propósito de nos mantermos sãos em meio ao caos do dia a dia. 

A despedida é com a música que dá nome ao disco. Com violões, piano, violoncelo, voz e elementos digitais, Cabeça Fora D’Água conta uma história e representa sonoramente a mensagem central do álbum, também passada através de elementos visuais da capa e do encarte. 

O projeto gráfico e as ilustrações foram feitos por Renato Enoch, que também é designer. O universo visual do disco busca traduzir as muitas camadas de sons, sentimentos e significados: o tempo, as marcas e faltas da vida adulta, a consciência do que se pode receber e entregar, a cabeça atenta, o desejo de acalento, a resistência para não ceder ao sufoco, a linha dos ancestrais. Assim, a identidade estética do álbum se dá através de sua iconografia. Com uma série de ilustrações e “símbolos perdidos”, nasce uma mitologia própria. O projeto pretende ser um mergulho visual em interpretações poéticas e enigmáticas.

Pode-se dizer que 2022 foi um ano extremamente frutífero para Isabella e Rodrigo. Veio ao mundo o livro ilustrado de poesia Pequenezas, acompanhado de 16 minicanções. Houve a realização do projeto piloto Prêmio Audio For Singers com sucesso, laureando engenheiros de áudio e artistas, no âmbito do projeto educativo sobre áudio e tecnologia que os dois conduzem. Agora, encerrando o ano, recebemos um álbum completo recheado de ponderações, questionamentos e uma missão: tratar, às vezes com profundidade, às vezes com humor, sobre diferentes razões que nos tiram do eixo. Sem pretensão de perfeição, de solucionar tudo. Mas ao menos conseguindo nadar. 

Cabeça Fora D’Água está disponível nas plataformas de música e suas obras audiovisuais estão no canal do Youtube de Isabella Bretz. A versão física do álbum pode ser comprada pelo Bandcamp. Acompanhe os artistas pelo Instagram: @bellabretz e @rodrigolanapiano

Ficha técnica

PRODUÇÃO EXECUTIVA E DIREÇÃO ARTÍSTICA
Isabella Bretz

PRODUÇÃO MUSICAL E ARRANJOS
Rodrigo Lana e Isabella Bretz

COMPOSIÇÕES
Isabella Bretz (faixas 1 a 10)
Rodrigo Lana (faixa 10)

GRAVAÇÃO, MIX, MASTER, PIANOS E INSTRUMENTOS VIRTUAIS
Rodrigo Lana

PARTICIPAÇÕES

Markéta Irglová em Respiro
(gravada por Sturla Mio Thorisson)

Renato Enoch em 30 de Fevereiro
(gravado por Renato Enoch)

Katerina L’Dokova em Sentido
(gravada por Rodrigo Lana)

MÚSICOS CONVIDADOS

Alexandre da Mata  |  violão e guitarra
em Respiro, Bifurcação, 30 de fevereiro e Oxytocin

Kezo Nogueira  | trompete
em 30 de Fevereiro

Léo Pires  | bateria
em 30 de fevereiro 

Lucas Telles  | violão
em Pedido, Sentido e Cabeça Fora D’Água

Pablo Maia  | baixo
em 30 de Fevereiro

Vanilce Peixoto  | violoncelo
em Pedido, Cicatriz e Cabeça Fora D’Água

Todos gravados por eles próprios.

DESIGN GRÁFICO E ILUSTRAÇÕES
Renato Enoch

FOTOGRAFIA
Raquel Pellicano

Álbum gravado entre 2021 e 2022 

em Portugal, Brasil e Islândia

“30 DE FEVEREIRO” TRAZ RENATO ENOCH E UMA CRÍTICA À SOCIEDADE PADRONIZADA

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Nascemos numa sociedade que já existe, com seus costumes, padrões e normas. Entramos num jogo cujas regras não ajudamos a criar e nem concordamos previamente. Caímos aqui e pronto. E esse não é um mundo gentil para as diferenças, é esperado que permaneçamos no molde. E se não seguirmos “o caminho”, “o roteiro”, cada pequeno desvio do plano é punido. 

Assim, 30 de fevereiro é um encorajamento à espontaneidade, ao que é diverso, na busca por mais frescor na vida. É uma maneira de lembrar que há muitas formas possíveis de ser e de estar, cabendo a nós firmar esses espaços e meios, nos posicionando com confiança.  A faixa, que faz parte do próximo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana, recebe a bela e potente voz de Renato Enoch.

Renato Enoch por Mateus Lustosa

Renato ganhou notoriedade no Youtube ao produzir dezenas de versões no seu próprio estilo, com vocais bem marcantes e interpretações intensas. As músicas já somam milhões de visualizações na plataforma e audições no Spotify. Nos últimos anos, tem se dedicado também às suas canções autorais. O artista, que também é designer, imprime sua personalidade nas artes gráficas e videoclipes de seu trabalho. Ele é o responsável pela identidade visual do novo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana, que já começa a aparecer no lyric video criado por ele para 30 de fevereiro.

Renato Enoch por Mateus Lustosa

Diferente de outras músicas do disco, essa tem uma sonoridade de banda, contando também com a energia do trompete. O novo single chega após três outros lançamentos: Cicatriz, que aborda as marcas da vida; Sentido, que faz um passeio pelo nosso sistema sensorial e Respiro, que fala sobre o recomeço, tendo contado com a participação da cantora tcheca Markéta Irglová (vencedora do Oscar de Melhor Canção Original em 2008 com Falling Slowly). O lançamento do álbum completo está marcado para 16 de dezembro.

30 de fevereiro está disponível nas plataformas de música e o lyric video pode ser visto no Youtube. Acompanhe os artistas pelo Instagram: @bellabretz, @rodrigolanapiano, @renatoenoch

Ficha técnica

Música

Vozes: Isabella Bretz e Renato Enoch
Composição – Isabella Bretz
Arranjo – Isabella Bretz e Rodrigo Lana
Arranjo de vozes – Isabella Bretz, Rodrigo Lana e Renato Enoch
Violão – Alexandre da Mata
Bateria – Léo Pires
Baixo – Pablo Maia
Trompete – Kezo Nogueira
Piano e instrumentos virtuais – Rodrigo Lana
Gravação, mix e master – Rodrigo Lana
Produção musical – Rodrigo Lana e Isabella Bretz
Produção executiva e direção artística – Isabella Bretz
Capa: Isabella Bretz

Lyric Video

Renato Enoch

Letra

A minha sanidade vem do querer
Tem vezes que foge, corre pra esquecer
E a sobriedade me inebria

Oito da manhã e a tela vem impor
Fingindo estar ao seu dispor
Há tanta, tanta coisa que me intriga

Eu tenho muitas peças fora do lugar
Mas eu nem quero estar no tal lugar

As peças são elásticas
Só que tentam te encaixar o tempo inteiro
Podem esperar até 30 de fevereiro

A minha insanidade quer me convencer
Que gente que morde veio pra vencer
Mas eu acordo antes do engano

Se cada pessoa invisível descobrir
Que tem o mundo em suas mãos
Não tem que pedir

Então essa parede feita pra segurar
Não vai mais isolar nenhum lugar

As peças são elásticas
Eles tentam te encaixar o tempo inteiro
Mas só que se você acordar primeiro
Vão ter que esperar até 30 de fevereiro
Vão te esperar até 30 de fevereiro

O mito da meritocracia
Não querer fingindo que queria
Migalhas comprando um coração
Quem sobre e joga a escada no chão
Ideia, corrente, mão, correia
Me prende e eu escapo feito areia

“RESPIRO” RECEBE MARKÉTA IRGLOVÁ E CONVIDA AO MOVIMENTO

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Estamos em uma fase histórica muito carregada. A pandemia virou a sociedade de cabeça para baixo em vários aspectos. Muitas pessoas passaram pelo luto, por medo, problemas financeiros… A política e as eleições também têm tirado o sono dos brasileiros, com grandes conflitos e um desgaste emocional talvez sem precedentes. Com tudo isso, não é difícil ver ao nosso redor pessoas desanimadas, sem energia e desmotivadas para as coisas que mais amavam.

“Respiro” foi escrita para aqueles que, por qualquer motivo, sentem suas mentes e corações frios no momento. Cada trajetória tem seus próprios obstáculos, sejam eles internos ou externos. Assim, a música vem como um pequeno lume, para tentar levar um pouco de calor a quem estiver se sentindo assim, dando um incentivo aos primeiros movimentos em uma fase inerte. 

Esta canção, que é a versão completa de “pingo de respiro”, lançada no projeto “Pequenezas” anteriormente, teve a preciosa participação de Markéta Irglová, cantora e compositora tcheca, residente na Islândia.

Markéta Irglová no Masterkey Studios

Markéta tem um trabalho musical muito sensível e inspirador, sempre convidando a mergulhar na música com sua voz terna e potente. A cantora tem uma carreira solo firme, com vários álbuns publicados. O mais recente, LILA, veio ao mundo em agosto deste ano e foi todo construído ao redor das várias faces do amor. Ela também faz parte da banda The Swell Season com o irlandês Glen Hansard, com quem venceu o Oscar de Melhor Canção Original em 2008, pelo filme Once (Apenas uma vez). O filme independente teve um sucesso imenso, dando origem a um musical da Broadway que venceu vários prêmios Tony.

Isabella conta que trabalhar com a Markéta e com o Mio (seu marido, que é engenheiro de áudio) foi uma experiência maravilhosa. “Os dois são muito dedicados no que fazem e muito generosos. Já havíamos visitado o estúdio que eles têm na Islândia em 2018, quando gravamos lá algumas versões do nosso trabalho “Canções Para Abreviar Distâncias”. Resolvi convidar a Markéta para um outro projeto ano passado e ela perguntou se seria em português, porque adoraria cantar na nossa língua. Fiquei surpresa e logo mudei os planos. Desisti da ideia anterior e a convidei para cantar “Respiro”. Pensei nisso porque é uma música com uma mensagem de movimento, de possibilidades. Ela tem muito isso na sua personalidade e no seu trabalho. Essa seria uma canção bem vocal e a participação dela foi muitíssimo bem-vinda. Markéta participou do arranjo e criou várias camadas vocais, enriquecendo demais a produção e a mensagem também.” complementa Isabella.

Isabella Bretz e Rodrigo Lana por Danielle Bretz

“Respiro”, terceiro single do novo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana, foi produzido pelos dois e conta também com violões de Alexandre da Mata. Rodrigo é o responsável pelo arranjo e engenharia de áudio, enquanto Sturla Mio Thorisson realizou a gravação de Markéta, na Islândia. 

O lyric video, feito por Jackson Abacatu, é uma versão estendida de “pingo de respiro”, animação que participou de vários festivais em diferentes países. Na narrativa, o personagem, até então estático, movimenta-se e dá início a um percurso que atravessa diferentes circunstâncias. 

Nossas vidas são marcadas pela transitoriedade. Algumas mudanças nos agradam, outras não. Mas o mais importante é saber, especialmente em um momento de dor, que a maior garantia da nossa experiência nesse mundo é essa: a impermanência. Um peito frio pode amanhecer quente. O fogo vem. 

“Respiro” está disponível nas plataformas de música e o lyric video pode ser visto em https://youtube.com/isabellabretz. Acompanhe os artistas pelo Instagram: @bellabretz, @rodrigolanapiano, @marketa_irglova 

FICHA TÉCNICA

Música

Vozes: Isabella Bretz e Markéta Irglová
Composição – Isabella Bretz
Arranjo – Isabella Bretz e Rodrigo Lana
Arranjo de vozes – Isabella Bretz, Rodrigo Lana e Markéta Irglová
Violão – Alexandre da Mata
Piano e instrumentos virtuais – Rodrigo Lana
Gravação Markéta Irglová – Sturla Mio Thorisson (Masterkey Studios)
Gravação, mix e master – Rodrigo Lana
Produção musical – Rodrigo Lana e Isabella Bretz
Produção executiva e direção artística – Isabella Bretz
Capa: Isabella Bretz

Lyric Video

Jackson Abacatu

“SENTIDO” FAZ UM PERCURSO PELO NOSSO SISTEMA SENSORIAL E CONVIDA À PRESENÇA

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Dominar o corpo através da mente. Ao longo da vida, vemos muitos livros e mensagens em geral ensinando como fazer isso. É importante, claro. Mas há muito o que o físico pode ensinar para a nossa cabeça. Assim, bem no encontro entre corpo e mente, está “Sentido”, novo single de Isabella Bretz e Rodrigo Lana. A música faz um caminho pelos nossos sentidos, começando pela visão e passando pelo tato, audição, paladar e, finalmente, olfato. Além de explorar cada um deles, é um lembrete importante: estamos presentes, estamos aqui. Trazer nossa atenção para o que estamos experimentando no momento, através dos nossos sentidos, pode ser uma potente ferramenta para diminuir a ansiedade e explorar a criatividade.  

Para despertar sensações, a canção foi construída com dezenas de camadas vocais, nas quais a artista Katerina L’Dokova se uniu à Isabella e Rodrigo. Os violões ficaram por conta do super instrumentista Lucas Telles. 

A capa, assim como a do single anterior, apresenta a imagem de uma escultura de Johnson Tsang. O trabalho do escultor emprega técnicas realistas de escultura acompanhadas de uma imaginação surrealista, o que fez com que Isabella sentisse grande conexão entre sua obra e o álbum que produziu com Rodrigo. “Vi a imagem no Instagram e fui capturada por ela imediatamente. Na mesma hora fiz a conexão com a música e resolvi entrar em contato com o Johnson. Surpreendentemente, ele me respondeu rápido, ficou feliz e concordou em fazer dessa imagem o rosto da nossa música.”, conta Isabella.

“Sentido” vem em sequência do single “Cicatriz”, lançado anteriormente e cujo videoclipe teve uma ótima recepção do público. Além do lançamento do novo álbum, Isabella e Rodrigo estão em uma fase de muito trabalho em outros projetos. Em agosto abriram as inscrições para o “Prêmio Audio For Singers”, que busca valorizar os profissionais técnicos da música e incentivar o aprendizado sobre áudio e tecnologia para artistas. Neste ano, lançaram também um álbum e livro ilustrado de poesias dentro do “pequenezas”, projeto que conduzem com Jackson Abacatu.

A canção “Sentido” está disponível nas plataformas digitais de música.

Ficha técnica

Composição – Isabella Bretz
Arranjo – Isabella Bretz e Rodrigo Lana
Arranjo de vozes – Isabella Bretz, Rodrigo Lana e Katerina L’Dokova
Voz – Isabella Bretz
Coro – Isabella Bretz, Katerina L’Dokova e Rodrigo Lana
Violão – Lucas Telles
Instrumentos virtuais – Rodrigo Lana
Gravação, mix e master – Rodrigo Lana
Produção musical – Rodrigo Lana e Isabella Bretz
Produção executiva e direção artística – Isabella Bretz
Capa: escultura de Johnson Tsang e design de Isabella Bretz

Vídeo

Dançarinos – Daria Majewska e Kristóf Szabó
Filmagem – Jakub Sztuk
Maquiagem – Klaudia Kot
Fotografia – Tom Leishman e Viktoria Slowikowska
Direção de vídeo – Tom Leishman
Produção – Viktoria Slowikowska
Edição – Isabella Bretz
Filmado no Studio Shmury Hoża
Filmagem cedida por Koolshooters

Sentido (Isabella Bretz)

Paleta com um milhão de tonalidades
Formato e posição brincando em cumplicidade
É tanta coisa escondida na rotina
Abro as portas da retina, estou aqui

Minha textura se mistura com a de outra mão
Suor e temperatura dando a direção
A densidade do aperto não me deixa ir
Sinto no toque, estou aqui

A música que entra escorregando pelo ouvido
Mergulha na cabeça e lembra o que já foi vivido
O ruído da cidade é o ponteiro do relógio
Meu coração no estetoscópio, estou aqui

A língua e o palato abraçando o chocolate
Até que ele derreta inundando a cavidade
Suculento, gosto de alento, tô aqui

Um bálsamo que ecoa nas cavernas da face
Adentra, enfeitiça num enlace
O corpo segue o cheiro
E o paradeiro é aqui.
O passo destemido
E o sentido é estar aqui.

“CICATRIZ” ABRE OS CAMINHOS PARA O NOVO ÁLBUM

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Numa atmosfera etérea, Cicatriz traz uma reflexão sobre as marcas que foram deixadas nas nossas vidas. Piano, vozes, cordas e elementos digitais acompanham a mensagem, que é também um convite ao ouvinte: entender o que quer que tenha acontecido e desatar os nós.  A faixa é o primeiro single do novo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana, que será lançado pelos artistas de forma independente em 2022. 

Na capa, há a imagem de uma escultura do reconhecido artista Johnson Tsang, nascido em Hong Kong. O trabalho do escultor emprega técnicas realistas de escultura acompanhadas de uma imaginação surrealista, o que fez com que Isabella sentisse grande conexão entre sua obra e o álbum que produziu com Rodrigo. “Vi a imagem no Instagram e fui capturada por ela imediatamente. Na mesma hora fiz a conexão com a música e resolvi entrar em contato com o Johnson. Surpreendentemente, ele me respondeu rápido, ficou feliz e concordou em fazer dessa imagem o rosto da nossa música.”, conta a artista.

Cicatriz tem também um videoclipe dirigido por Jackson Abacatu. Cenas de Isabella mesclam-se a elementos que representam marcas deixadas na pele e na vida. Dentre essas intervenções, há animações, vídeos e elementos gráficos.

 

FAÍSCA DE PÓ GANHA ANIMAÇÃO DE JACKSON ABACATU

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Animação de Jackson Abacatu para a música “Faísca de Pó”, do álbum Retalho de Mundo, já está no ar! 

Segundo Jackson: “Juntei uma vontade latente de realizar uma experimentação em rotoscopia com a carga de simbolismos e mensagens que a música traz, o que eu pessoalmente acho muito rico de ser transmitido para esse mundo da animação. A música desperta um sentimento bom, uma energia sutil que passeia pela reflexão sobre a vida e nosso lugar no universo.”

Assista abaixo:

QUANDO COMEÇA O AMANHECER? RESENHA DO ÁLBUM “RETALHO DE MUNDO” POR ELISA DE JESUS

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Quando começa o amanhecer?

 

Não me atrevo a dizer nada sobre o Nobel literário de Bob Dylan. Controvérsias à parte. Eu quero amanhecer.  Entretanto, me faço anunciadora de Retalho do Mundo, novo disco da cantora, compositora e poeta Isabella Bretz.

A música em Retalho do Mundo caminha literalmente. Uma marcha. Um naco da natureza humana nesse universo.

O medo faz desaguar nas memórias de rios, lugares amanhecidos de mar e casas pintadas de cores alaranjadas sempre entardecendo.  Ao ouvir o disco várias vezes, tive a companhia das minhas gatas, Diadorim e Nastenka, que me ajudaram a compor a escrita dessas notas sobre o disco de Isabella Bretz.

Gatos e música são sempre boas companhias.

Vou coexistindo com músicas e gatos nos fragmentos do cotidiano que passam cheios de miudezas tão impregnadas de destinos que não se veem.  Dessas miudezas cantam as músicas do disco.

Tantas pequenezas que nos fazem sentir que existimos e estamos aqui, interligados, desejantes de devaneios, boas novas através de manchetes caramelizadas.

Caminhe…

Devaneie…

A alma inunda-se de esperanças, pequenas que sejam são esperanças.

Esperança: do verbo esperançar. Eu esperanço com Faísca de pó. É o que posso fazer em minha pequenina missão de aliviar outra vida, por mais que o mundo rotule vidas. Quem tem vida grande ou vida pequena.  Tornar uma pequena vida um pouco menos sofrível nesse imenso mundo de vidas que se comparam.

Eu me esperanço com faíscas de pó, devaneios e estilhas.

Quando você chegar lá no final do disco, no seu lado b, prepare-se para desligar-se de pequenos medos gigantes. Não deixe falas interminadas, tudo é brevidade. Repouse no repouso desse disco que nasce nesse ano de muitas falas interminadas.

Retalho do Mundo vem transfigurar o sofrimento num grande sim à vida.  Fez-me lembrar do músico filósofo, Nietzsche, que nos diz “Sem a música, a vida seria um erro”, escreveu em Crepúsculo dos Ídolos. Em seu “poder de dizer sim ao mundo”, a música para Nietzsche é uma iniciação à felicidade, à vida e à filosofia.

Elisa de Jesus por Lorena Zschaber

O convite é para repousar e deixar que a música ilumine, seja farol, mar, fragmento, faísca, devaneio, alegria, poesia e uma dose cheia de filosofia para crer em possibilidades.

uma cadeira vazada,

uma penteadeira, uma

luz humilde iluminava

a penumbra.

Eram preces que

avançavam silêncios

expressões

secretas.

Suas asas apoiavam

pérolas.

anjos que

pintei.

ouvia sons do mar.

flautas doces em Fa.

 

Por Elisa de Jesus
“Poeta, escritora ou o que dizem de mim…”

NOVO VÍDEO PARA AS CANÇÕES “RETALHO DE MUNDO” E “O RIO E O MEDO”

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Isabella já não se lembra se o ano era 2014 ou 2015, mas a sensação permanece intacta. Leu um parágrafo na internet que trouxe arrepios. Era a história de um rio que tremia de medo ao se aproximar da morte, no seu final encontro com o oceano. Aquelas palavras permaneceram em sua mente e geraram uma série de reflexões. O impacto foi grande, fazendo com que ela desejasse que outras pessoas o sentissem também. Decidiu que escreveria uma música inspirada naquela mensagem. 

O tempo passou, certo dia pegou o violão e começou a dedilhar. Os primeiros quatro acordes apareceram e ela não conseguia sair deles. Percebeu que o ciclo deveria permanecer, dando a sensação de uma corrida. A letra e a melodia foram aparecendo juntas, reconstruindo a narrativa com mais detalhes, momentos, sensações. A música recebeu o nome de “O Rio e o Medo”, e Isabella começou a tocá-la nos seus shows. A resposta do público foi maravilhosa, muitas pessoas embarcaram nessa viagem musical com ela e se emocionaram. 

Em preparação para o disco Retalho de Mundo, iniciado em 2015, Isabella e o produtor musical, Fernando Braga, convidaram Felipe José para fazer o arranjo. “Eu queria que fosse uma mistura de confusão, intensidade e beleza. E foi exatamente o que o Felipe fez! Gosto da forma criativa como ele manuseia os sons.”, diz a compositora. Mesmo depois de o arranjo ter sido escrito, a produção ainda tomava outros contornos. “Estava ouvindo o ensaio para a gravação e teve um momento em que a baqueta do Yuri Vellasco caiu no chão, gerando um espaço breve sem bateria . Eu achei sensacional e pensei imediatamente que isso deveria ser parte do arranjo. O produtor concordou, falamos com o Yuri e assim ele fez! No clipe, essa diferença foi fundamental.”, diz Isabella.

A Operação Escambo, projeto inédito criado por Isabella para levantar recursos para seu disco através da doação de serviços, foi imprescindível para que a música contasse com esses instrumentos. Piano, violão, baixo, bateria, viola, violoncelo, dois saxofones, trompete, trombone, clarinete e baixo acústico, numa dança instigante, são o cenário para essa corrida sem volta do rio. 

“Eu já tinha lido várias coisas do Osho. Leio muito, aprendo com muita gente, mas não sigo gurus. Acho complicado o que se constrói em volta deles. Quantos exemplos nós já tivemos de idealizações que caíram por terra…  A luz e a escuridão caminham lado a lado, nosso filtro tem que estar sempre em dia. É preciso ver as pessoas com a humanidade que elas têm. Assisti o documentário “Wild wild country” e ele mexeu muito comigo. Questionei muito a relação entre mensagem e mensageiro. Mas eu não podia negar a força que essa história teve sobre mim, me afetou de uma forma diferente. Pensei em muitos aspectos sobre a forma como conduzimos nossas vidas.”, conta a artista.

As cenas do vídeo são de vários lugares, principalmente Brasil e Portugal. Isabella incorporou em “O Rio e o Medo” a faixa de abertura, “Retalho de Mundo”, como se fossem uma só. Para ela, essas mensagens se complementam. Foram pensadas para soarem juntas, sem um ponto de interrupção. Assim, o clipe representa as duas.

“Eu sempre disse que se fosse fazer um vídeo para essa música, queria contratar uma ótima agência. Fazê-lo sem a estrutura ideal estava fora de cogitação pra mim, tinha muito receio de prejudicar a mensagem. Mas, obviamente, eu não tinha recursos para isso. Uma sementinha nasceu e fui me inquietando. Eu já tinha todo o roteiro em mente e já havia editado alguns vídeos antes. Conversei com minha irmã e meu cunhado, Danielle Bretz e Ricardo Rodrigues, para ver se me ajudavam. A ideia era apenas tentar, se ficasse ruim não usaríamos. Sem ter feito nada parecido antes, mergulhamos no desafio. O resultado me surpreendeu.”, diz a artista. Por se tratar do encontro das águas, não poderia faltar uma potente menção à Pororoca. 

O disco “Retalho de Mundo” será lançado no dia 25 de novembro. Mais informações no Instagram: @bellabretz.