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FINLÂNDIA: MINHA ADMIRAÇÃO E PEQUENA TRISTEZA AO VISITAR HELSINKI

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Imagine um prédio moderno, lindíssimo, com muito vidro e uma macia luz natural entrando. Do lado de fora, um grande pátio para as pessoas conversarem ao ar livre, conviverem. Você entra e encontra espaços para sentar e várias mesas com peças de xadrez a postos para quem quiser jogar. Estão ali, de pé, na mais simples confiança e tranquilidade de que não se perderão nem serão levadas por ninguém. Há lugar para refeições e também um grande espaço que pode ser usado como cinema, teatro e o que mais quiser.

Imagine que, ao subir para o andar superior, você dê de cara com uma arquibancada com design diferentão, aconchegante, na qual qualquer criança, jovem ou adulto pode descansar, trabalhar, estudar ou conversar. Há um espaço ao lado com várias máquinas e todos os materiais para costura, uma gráfica e salas de trabalho. Caminhando um pouco mais, você encontra um estúdio de música totalmente equipado e, ao lado dele, um painel com vários instrumentos de primeira linha para serem usados. Há salas com paredes de vidro para jogar videogames, para estudos em grupo, para momentos individuais. As pessoas circulam, conversam, trocam ideias e criam.

Agora visualize que você está subindo uma escada para ir ainda além. No piso superior, uma sala imensa, limpíssima, com plantas, belíssimos móveis e iluminação perfeita. Ela está recheada de prateleiras com os mais diversos livros. As prateleiras não vão até o teto, criando labirintos. Elas são baixas o suficiente para que os olhos visualizem todo aquele ambiente em sua amplidão. Há um espaço com sofás e mesas para interação, além de outra arquibancada em madeira, onde as pessoas se jogam confortavelmente. No lado oposto, um lugar para crianças. As prateleiras são tão baixas que basta conseguir se colocar de pé para o alcance ser garantido. Qualquer miúdo com pouco mais de um ano já tem autonomia para usar. O computador para escanear os muitos livros segue o mesmo padrão de altura. Há espaço para brincar, para ler e até para correr. Do lado de fora, uma varanda ampla com uma vista linda. Ali, tudo é usado, ocupado. Tudo tem cheiro de liberdade. 

Seria o paraíso para os amantes da educação e da cultura? Talvez. Essa é a Oodi, biblioteca pública de Helsinki, que tivemos a oportunidade de conhecer há alguns dias. A visita ao espaço trouxe dois sentimentos muito fortes em nós: grande admiração e uma espécie de tristeza. Vou explicar o porquê.

Nós estivemos em Helsinki, na Finlândia, para realizar uma pesquisa através do programa Culture Moves Europe, junto ao Instituto Guimarães Rosa. Sobre a pesquisa, falarei no futuro, mas hoje quero compartilhar com vocês que me leem sobre as reflexões dessa passagem pela cidade. É claro que não existe sociedade perfeita. Há desafios e mazelas em qualquer uma. Mas os finlandeses conseguiram êxitos impressionantes.

A Finlândia é conhecida por ser um estado de bem-estar social de sucesso. A lógica é simples (mas não funciona assim em todo lugar, como bem sabemos): altos impostos e muito retorno. O país tem uma educação de excelência, sendo frequentemente considerada uma das melhores do mundo. Todas as crianças, independente do rendimento da família, têm acesso a escolas públicas de altíssima qualidade. O país recebeu o título de mais feliz do planeta pelo oitavo ano consecutivo. Mas o que isso quer dizer? 

O estudo considera diversas variáveis mensuráveis, como a renda (PIB per capita), a expectativa de vida com saúde, o suporte social, a liberdade para tomar decisões sobre a própria vida, a generosidade e o baixo nível de corrupção. No resultado deste ano, pela primeira vez os analistas investigaram como atitudes altruístas influenciam nosso bem-estar e os níveis de felicidade. Vale lembrar que felicidade e alegria são coisas diferentes. Especialmente nós, latinos, temos essa sensação de que estar feliz é sorrir, dançar, conversar muito, entre outros comportamentos extrovertidos (e passageiros). Mas a felicidade é algo mais profundo. Acredito que ela tenha mais relação com estabilidade, propósito e com a segurança do todo.

Pelo pouco tempo que passamos na cidade, vimos que os finlandeses não são os mais efusivos. São, por sua vez, muito educados. Não fomos mal atendidos em nenhum lugar sequer. Nos espaços públicos, falam baixo, são cordiais e respeitosos. A limpeza é geral: dentro e fora de qualquer lugar. O coletivo é de todos, e não “de ninguém”.  

Como disse antes, claro que nem tudo é perfeito. O clima é um grande desafio. Mesmo que todos os prédios tenham aquecimento, a vida na cidade acaba ficando muito comprometida. Quem é acostumado com Brasil e Portugal talvez sentiria um pouco a falta da vida que há nas ruas. Também acho que os laços sociais são mais frios. Tivemos também a percepção de que os círculos sociais são menores e mais distantes. Por algumas conversas e pesquisas, vi que existe razoável xenofobia. Está longe de vir da maioria da população, mas é sim uma questão e tem aumentado com o crescimento da imigração. 

Conhecemos vários lugares e participamos de atividades junto ao Instituto Guimarães Rosa. Fazem lá um excelente trabalho de ensino e de estreitamento de laços com a comunidade brasileira e dentro dela. No fim dessa pequena imersão, que foi precedida de muita pesquisa, a conclusão é que a balança é muito favorável. Os finlandeses conseguiram muito. Para mim, a Oodi é a materialização disso. Enquanto estávamos lá, observamos a vida real. As pessoas realmente usando e vivendo o espaço. Como uma biblioteca pode inspirar tantos sentimentos? Ah, voltando aos sentimentos… A admiração foi enorme. Ficamos encantados pela organização, design, funcionalidade, variedade de serviços, abertura para as pessoas. Tudo foi planejado em conjunto com o povo, através de uma pesquisa. Perguntaram (e continuam perguntando) o que deveria ter em uma biblioteca dos sonhos. E assim seguiram. Eu nunca tinha entrado em uma biblioteca onde falar não fosse quase um pecado. Lá lê-se, fala-se, cria-se, desenvolve-se. E a tristeza vem daí, mesmo. Da vontade de ter, da vontade de todos terem. 

Fiquei pensando em quando eu era adolescente e me preparava para o vestibular. Pensei em quando estava na faculdade, com tanto para aprender. Lembrei dos meus primeiros passos como artista e no esforço COLOSSAL que foi criar o meu primeiro álbum. Refleti sobre a dificuldade que foi encontrar um espaço para lançar um livro. Do desejo de estar em lugares bonitos, aconchegantes e instigantes. Pensei em conquistas que obtive “na raça” e que não me trouxeram benefícios que eu poderia ter tido em outra(s) sociedade(s). Além, claro, de tantas tentativas frustradas por falta de estrutura. Pensei também nos projetos coletivos com os quais trabalhei e trabalho, nos quais tentamos mudar algo com o que temos nas mãos. Que sonho seria, ter tantas condições favoráveis para se desenvolver. E olha que ainda tenho acesso a muita coisa. Como o mundo é um lugar desigual… 

Mas o gosto final, o sabor que fica, é o melhor possível, claro. Eu e Rodrigo com mais um destino na bagagem, mais aprendizado, visão de mundo mais aberta. Se alguém te chamar de comunista só por defender um estado de bem-estar social, responda: você conhece a Finlândia? 🙂

DIPLOMACIA CULTURAL: O EXEMPLO COREANO PARA BRASIL E PORTUGAL

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Por décadas, assistimos Hollywood promover o american way of life globalmente, atraindo investimentos e turismo para os Estados Unidos. Hoje, vemos acontecer a onda coreana (Hallyu), abrangendo K-dramas, K-pop e filmes como o fantástico Parasita, primeira obra em língua estrangeira a vencer essa barreira e levar o Oscar de Melhor Filme. Contudo, essa grande expansão cultural não é espontânea: é resultado de um planejamento estratégico e de altos investimentos governamentais. Segundo a Korea Foundation, organização pública dedicada a promover a imagem e a compreensão da Coreia do Sul no cenário internacional, o número de fãs globais da hallyu ultrapassou 225 milhões em 2023, tendo aumentado 24 vezes em relação aos resultados da primeira pesquisa, realizada em 2012. Já de acordo com um relatório da Allied Market Research, somente o mercado de eventos de K-pop foi avaliado em 8,1 bilhões de dólares em 2021, com projeções de que chegará a 20 bilhões de dólares até 2031. Nesse contexto, observo Brasil e Portugal, países nos quais trabalho, e vejo que, embora haja esforços de internacionalização, há um imenso potencial subaproveitado tanto para a cena cultural em si como para o soft power

Parasita

Filme Parasita (2019)

Ouça o artigo completo:

Esse “poder brando”, conceito do cientista político Joseph Nye, define a capacidade de um país influenciar outros por meio da atração e persuasão, em contraste com o hard power, que envolve força política, militar e econômica. Elementos como língua, religião, ciência, esportes e cultura em geral compõem o soft power, que é orientador da diplomacia cultural. Veja só: a Coreia lançou este ano um visto exclusivo para fãs de K-Pop. Este é um claro exemplo do impacto da cultura no turismo, gerando bilhões em receita. Para Brasil e Portugal, trabalhar o soft power com um alcance como esse requer mais do que investimentos pontuais: é preciso uma estrutura sólida, pensada para o longo prazo, parcerias estratégicas e inovação.

A região da Ibero-América tem apostado em diversos programas para fomentar essa internacionalização. Um deles é o Ibermúsicas, focado em internacionalização musical através de diversas linhas de apoio, como criação, circulação, formação e mais. Ele registrou, desde 2012, aproximadamente 15.000 inscrições, tendo apoiado 1.500 projetos. Fernando Tomasenia, da Unidade Técnica, em depoimento para minha pesquisa sobre o tema (apoiada pelo mesmo programa), ressalta que o Ibermúsicas tem fortalecido a diplomacia cultural ao promover intercâmbios e parcerias entre 15 países da Ibero-América, alcançando impacto também fora da região. Entretanto, mesmo com muitos projetos apoiados, a estatística mostra que a demanda é muito maior.

Brasil e Portugal são países com tamanhos, populações, orçamentos e conjunturas políticas diferentes. O Brasil tem um sistema mais amplo e apoia projetos através de leis de incentivo à cultura e fundos de cultura nas esferas federal, estadual e municipal, além de programas de fundações e empresas, como Itaú Rumos, Natura Musical, Petrobrás e Caixa Cultural (sendo que os três últimos apoiam via incentivo fiscal). Em Portugal, destacam-se os programas da DGArtes, Fundação Gulbenkian e Fundação GDA, sendo que esta última tem, além do programa de circulação, um focado em showcases internacionais. Mas, tomadas as proporções, considerando o tamanho do tecido cultural, nos dois casos são pontuais os programas voltados para a internacionalização. Dentre os que existem, em muitos casos demanda-se uma burocracia imensa e os prazos de resposta são tão longos que colocam em risco a viabilidade da proposta. Viagens exigem planejamento antecipado, bilhetes aéreos variam de preço diariamente. Um concurso que aceita o menor valor possível dos bilhetes na inscrição não cobrirá o custo meses depois, quando o resultado sair em outra realidade. 

A lógica e a logística por trás dos processos de internacionalização terão mais sucesso se forem pensadas em conjunto, com a participação de agentes culturais e apoiadores. Do contrário, artistas e produtores continuarão disputando entre si poucas oportunidades, engolidos pela burocracia e com um grande potencial artístico desperdiçado. Do outro lado, há órgãos e instituições com poucos funcionários, um mar de candidaturas para avaliar e estruturas jurídicas tão complexas que mudanças nos concursos demandam um tempo imenso. 

Edgard Telles Ribeiro, diplomata brasileiro, reforça que o Estado tem a função primordial de assegurar e facilitar o fluxo de trocas que as pessoas da sociedade espontaneamente estabelecem entre si. Ou seja, não há diplomacia cultural sem a cultura; e não há cultura sem os agentes culturais. Artistas, produtores, técnicos e todos os profissionais dessa cadeia precisam ter boas condições de trabalho, segurança, direitos. Um grande trabalho interno é necessário para preparar a internacionalização. 

Entretanto, é impossível que isso seja feito por completo antes de internacionalizar. Mas enquanto o caminho é percorrido, há boas possibilidades de ações que colaboram para a internacionalização artística e a construção de uma forte diplomacia cultural. Seleção pública de agentes culturais e financiamento para participação em feiras internacionais, acordos bilaterais e multilaterais para residências artísticas, ampliação dos apoios às viagens internacionais, incentivo ao aprendizado de línguas com foco em agentes culturais, inovações tecnológicas para conectar contratantes a agentes e artistas e apoios à criação artística com foco internacional são alguns dos muitos exemplos. 

Para que isso aconteça, é essencial promover mudanças estruturais que simplifiquem o acesso a financiamento cultural, associadas a uma estratégia clara de investimentos regulares em iniciativas que conectem as culturas de Brasil e Portugal ao cenário global. Países que apostam na cultura como direito do povo, como fonte de educação, motor da economia e da diplomacia cultural, demonstram isso no orçamento. É possível conciliar liberdade artística, uma cultura que sirva à comunidade e aos interesses do Estado (que, afinal, devem ser os interesses do povo). A colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil é fundamental para preencher lacunas de financiamento e tornar o sistema mais eficiente e dinâmico. 

O exemplo coreano mostra que a cultura é uma expressão da identidade de um país e um caminho estratégico de conexão com o mundo. Se Brasil e Portugal desejam fortalecer seu soft power internacional e sua cultura internamente, é preciso pensá-la e priorizá-la de forma consistente no orçamento, fazendo com que seja percebida como parte vital da economia e da identidade nacionais. Essa é uma escolha estratégica, que traz um impacto duradouro interno e internacional. 

Isabella Bretz

“CABEÇA FORA D’ÁGUA”: NOVO ÁLBUM DE ISABELLA BRETZ E RODRIGO LANA TRAZ REFLEXÕES SOBRE A VIDA VESTIDAS DE FOLK E INDIE

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Obra conta com participações especiais, toques de humor e instrumentação que une o acústico ao digital

 

Basta abrir os olhos de manhã para receber as primeiras demandas da vida. No telefone, redes sociais e email, muitas vezes aguarda por nós uma interação que a capacidade humana não é capaz de suprir. Diariamente, esperam para serem administrados: casa, alimentação, trabalho, horários, transporte, contas, as mais diversas relações e sentimentos… A sensação é que tudo isso vai criando uma onda prestes a passar por cima de nós. Sentimos que estamos em uma corrida da qual a linha de chegada jamais chega.

Capa de Renato Enoch

OUÇA AQUI!

A incapacidade de atender a todas essas demandas e necessidades é o pano de fundo de Cabeça Fora D’Água, novo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana. O disco conta com 10 faixas que tratam diferentes temáticas que trazem inquietação para as pessoas, buscando ser um conforto ou simplesmente abrir um espaço de diálogo sobre estes temas. 

Rodrigo Lana e Isabella Bretz por Raquel Pellicano

As portas do disco são abertas com Respiro, canção que convida ao movimento após uma fase de inércia, desmotivação. Ela conta com a cantora e compositora tcheca Markéta Irglová, cantando pela primeira vez em português na sua carreira. Markéta, que ficou conhecida por sua participação no filme Once e pelo Oscar que recebeu com a canção do filme, tem uma sólida carreira solo e um trabalho inspirador. Sua voz uniu-se à de Isabella com leveza e potência, criando uma atmosfera que abraça os ouvidos. 

Destacam-se também: Pedido, que celebra a intimidade entre amigos comum na infância e na adolescência, mais difícil de ser experienciada na idade adulta; Quem Foi?, que contesta com bom humor as regras da sociedade que somos obrigados a cumprir sem ter sido consultados para criar; 30 de fevereiro, com o artista mineiro Renato Enoch, que questiona a necessidade de padronização na sociedade; Sentido, com a artista bielorrusa e residente em Portugal Katerina L’Dokova, que faz um passeio pelo nosso sistema sensorial, convidando à presença; Cicatriz, o primeiro single do álbum, que traz um olhar de acolhimento e libertação para as marcas da nossa história… Cada uma das faixas, à sua maneira, gira em torno do propósito de nos mantermos sãos em meio ao caos do dia a dia. 

A despedida é com a música que dá nome ao disco. Com violões, piano, violoncelo, voz e elementos digitais, Cabeça Fora D’Água conta uma história e representa sonoramente a mensagem central do álbum, também passada através de elementos visuais da capa e do encarte. 

O projeto gráfico e as ilustrações foram feitos por Renato Enoch, que também é designer. O universo visual do disco busca traduzir as muitas camadas de sons, sentimentos e significados: o tempo, as marcas e faltas da vida adulta, a consciência do que se pode receber e entregar, a cabeça atenta, o desejo de acalento, a resistência para não ceder ao sufoco, a linha dos ancestrais. Assim, a identidade estética do álbum se dá através de sua iconografia. Com uma série de ilustrações e “símbolos perdidos”, nasce uma mitologia própria. O projeto pretende ser um mergulho visual em interpretações poéticas e enigmáticas.

Pode-se dizer que 2022 foi um ano extremamente frutífero para Isabella e Rodrigo. Veio ao mundo o livro ilustrado de poesia Pequenezas, acompanhado de 16 minicanções. Houve a realização do projeto piloto Prêmio Audio For Singers com sucesso, laureando engenheiros de áudio e artistas, no âmbito do projeto educativo sobre áudio e tecnologia que os dois conduzem. Agora, encerrando o ano, recebemos um álbum completo recheado de ponderações, questionamentos e uma missão: tratar, às vezes com profundidade, às vezes com humor, sobre diferentes razões que nos tiram do eixo. Sem pretensão de perfeição, de solucionar tudo. Mas ao menos conseguindo nadar. 

Cabeça Fora D’Água está disponível nas plataformas de música e suas obras audiovisuais estão no canal do Youtube de Isabella Bretz. A versão física do álbum pode ser comprada pelo Bandcamp. Acompanhe os artistas pelo Instagram: @bellabretz e @rodrigolanapiano

Ficha técnica

PRODUÇÃO EXECUTIVA E DIREÇÃO ARTÍSTICA
Isabella Bretz

PRODUÇÃO MUSICAL E ARRANJOS
Rodrigo Lana e Isabella Bretz

COMPOSIÇÕES
Isabella Bretz (faixas 1 a 10)
Rodrigo Lana (faixa 10)

GRAVAÇÃO, MIX, MASTER, PIANOS E INSTRUMENTOS VIRTUAIS
Rodrigo Lana

PARTICIPAÇÕES

Markéta Irglová em Respiro
(gravada por Sturla Mio Thorisson)

Renato Enoch em 30 de Fevereiro
(gravado por Renato Enoch)

Katerina L’Dokova em Sentido
(gravada por Rodrigo Lana)

MÚSICOS CONVIDADOS

Alexandre da Mata  |  violão e guitarra
em Respiro, Bifurcação, 30 de fevereiro e Oxytocin

Kezo Nogueira  | trompete
em 30 de Fevereiro

Léo Pires  | bateria
em 30 de fevereiro 

Lucas Telles  | violão
em Pedido, Sentido e Cabeça Fora D’Água

Pablo Maia  | baixo
em 30 de Fevereiro

Vanilce Peixoto  | violoncelo
em Pedido, Cicatriz e Cabeça Fora D’Água

Todos gravados por eles próprios.

DESIGN GRÁFICO E ILUSTRAÇÕES
Renato Enoch

FOTOGRAFIA
Raquel Pellicano

Álbum gravado entre 2021 e 2022 

em Portugal, Brasil e Islândia

“30 DE FEVEREIRO” TRAZ RENATO ENOCH E UMA CRÍTICA À SOCIEDADE PADRONIZADA

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Nascemos numa sociedade que já existe, com seus costumes, padrões e normas. Entramos num jogo cujas regras não ajudamos a criar e nem concordamos previamente. Caímos aqui e pronto. E esse não é um mundo gentil para as diferenças, é esperado que permaneçamos no molde. E se não seguirmos “o caminho”, “o roteiro”, cada pequeno desvio do plano é punido. 

Assim, 30 de fevereiro é um encorajamento à espontaneidade, ao que é diverso, na busca por mais frescor na vida. É uma maneira de lembrar que há muitas formas possíveis de ser e de estar, cabendo a nós firmar esses espaços e meios, nos posicionando com confiança.  A faixa, que faz parte do próximo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana, recebe a bela e potente voz de Renato Enoch.

Renato Enoch por Mateus Lustosa

Renato ganhou notoriedade no Youtube ao produzir dezenas de versões no seu próprio estilo, com vocais bem marcantes e interpretações intensas. As músicas já somam milhões de visualizações na plataforma e audições no Spotify. Nos últimos anos, tem se dedicado também às suas canções autorais. O artista, que também é designer, imprime sua personalidade nas artes gráficas e videoclipes de seu trabalho. Ele é o responsável pela identidade visual do novo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana, que já começa a aparecer no lyric video criado por ele para 30 de fevereiro.

Renato Enoch por Mateus Lustosa

Diferente de outras músicas do disco, essa tem uma sonoridade de banda, contando também com a energia do trompete. O novo single chega após três outros lançamentos: Cicatriz, que aborda as marcas da vida; Sentido, que faz um passeio pelo nosso sistema sensorial e Respiro, que fala sobre o recomeço, tendo contado com a participação da cantora tcheca Markéta Irglová (vencedora do Oscar de Melhor Canção Original em 2008 com Falling Slowly). O lançamento do álbum completo está marcado para 16 de dezembro.

30 de fevereiro está disponível nas plataformas de música e o lyric video pode ser visto no Youtube. Acompanhe os artistas pelo Instagram: @bellabretz, @rodrigolanapiano, @renatoenoch

Ficha técnica

Música

Vozes: Isabella Bretz e Renato Enoch
Composição – Isabella Bretz
Arranjo – Isabella Bretz e Rodrigo Lana
Arranjo de vozes – Isabella Bretz, Rodrigo Lana e Renato Enoch
Violão – Alexandre da Mata
Bateria – Léo Pires
Baixo – Pablo Maia
Trompete – Kezo Nogueira
Piano e instrumentos virtuais – Rodrigo Lana
Gravação, mix e master – Rodrigo Lana
Produção musical – Rodrigo Lana e Isabella Bretz
Produção executiva e direção artística – Isabella Bretz
Capa: Isabella Bretz

Lyric Video

Renato Enoch

Letra

A minha sanidade vem do querer
Tem vezes que foge, corre pra esquecer
E a sobriedade me inebria

Oito da manhã e a tela vem impor
Fingindo estar ao seu dispor
Há tanta, tanta coisa que me intriga

Eu tenho muitas peças fora do lugar
Mas eu nem quero estar no tal lugar

As peças são elásticas
Só que tentam te encaixar o tempo inteiro
Podem esperar até 30 de fevereiro

A minha insanidade quer me convencer
Que gente que morde veio pra vencer
Mas eu acordo antes do engano

Se cada pessoa invisível descobrir
Que tem o mundo em suas mãos
Não tem que pedir

Então essa parede feita pra segurar
Não vai mais isolar nenhum lugar

As peças são elásticas
Eles tentam te encaixar o tempo inteiro
Mas só que se você acordar primeiro
Vão ter que esperar até 30 de fevereiro
Vão te esperar até 30 de fevereiro

O mito da meritocracia
Não querer fingindo que queria
Migalhas comprando um coração
Quem sobre e joga a escada no chão
Ideia, corrente, mão, correia
Me prende e eu escapo feito areia

“RESPIRO” RECEBE MARKÉTA IRGLOVÁ E CONVIDA AO MOVIMENTO

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Estamos em uma fase histórica muito carregada. A pandemia virou a sociedade de cabeça para baixo em vários aspectos. Muitas pessoas passaram pelo luto, por medo, problemas financeiros… A política e as eleições também têm tirado o sono dos brasileiros, com grandes conflitos e um desgaste emocional talvez sem precedentes. Com tudo isso, não é difícil ver ao nosso redor pessoas desanimadas, sem energia e desmotivadas para as coisas que mais amavam.

“Respiro” foi escrita para aqueles que, por qualquer motivo, sentem suas mentes e corações frios no momento. Cada trajetória tem seus próprios obstáculos, sejam eles internos ou externos. Assim, a música vem como um pequeno lume, para tentar levar um pouco de calor a quem estiver se sentindo assim, dando um incentivo aos primeiros movimentos em uma fase inerte. 

Esta canção, que é a versão completa de “pingo de respiro”, lançada no projeto “Pequenezas” anteriormente, teve a preciosa participação de Markéta Irglová, cantora e compositora tcheca, residente na Islândia.

Markéta Irglová no Masterkey Studios

Markéta tem um trabalho musical muito sensível e inspirador, sempre convidando a mergulhar na música com sua voz terna e potente. A cantora tem uma carreira solo firme, com vários álbuns publicados. O mais recente, LILA, veio ao mundo em agosto deste ano e foi todo construído ao redor das várias faces do amor. Ela também faz parte da banda The Swell Season com o irlandês Glen Hansard, com quem venceu o Oscar de Melhor Canção Original em 2008, pelo filme Once (Apenas uma vez). O filme independente teve um sucesso imenso, dando origem a um musical da Broadway que venceu vários prêmios Tony.

Isabella conta que trabalhar com a Markéta e com o Mio (seu marido, que é engenheiro de áudio) foi uma experiência maravilhosa. “Os dois são muito dedicados no que fazem e muito generosos. Já havíamos visitado o estúdio que eles têm na Islândia em 2018, quando gravamos lá algumas versões do nosso trabalho “Canções Para Abreviar Distâncias”. Resolvi convidar a Markéta para um outro projeto ano passado e ela perguntou se seria em português, porque adoraria cantar na nossa língua. Fiquei surpresa e logo mudei os planos. Desisti da ideia anterior e a convidei para cantar “Respiro”. Pensei nisso porque é uma música com uma mensagem de movimento, de possibilidades. Ela tem muito isso na sua personalidade e no seu trabalho. Essa seria uma canção bem vocal e a participação dela foi muitíssimo bem-vinda. Markéta participou do arranjo e criou várias camadas vocais, enriquecendo demais a produção e a mensagem também.” complementa Isabella.

Isabella Bretz e Rodrigo Lana por Danielle Bretz

“Respiro”, terceiro single do novo álbum de Isabella Bretz e Rodrigo Lana, foi produzido pelos dois e conta também com violões de Alexandre da Mata. Rodrigo é o responsável pelo arranjo e engenharia de áudio, enquanto Sturla Mio Thorisson realizou a gravação de Markéta, na Islândia. 

O lyric video, feito por Jackson Abacatu, é uma versão estendida de “pingo de respiro”, animação que participou de vários festivais em diferentes países. Na narrativa, o personagem, até então estático, movimenta-se e dá início a um percurso que atravessa diferentes circunstâncias. 

Nossas vidas são marcadas pela transitoriedade. Algumas mudanças nos agradam, outras não. Mas o mais importante é saber, especialmente em um momento de dor, que a maior garantia da nossa experiência nesse mundo é essa: a impermanência. Um peito frio pode amanhecer quente. O fogo vem. 

“Respiro” está disponível nas plataformas de música e o lyric video pode ser visto em https://youtube.com/isabellabretz. Acompanhe os artistas pelo Instagram: @bellabretz, @rodrigolanapiano, @marketa_irglova 

FICHA TÉCNICA

Música

Vozes: Isabella Bretz e Markéta Irglová
Composição – Isabella Bretz
Arranjo – Isabella Bretz e Rodrigo Lana
Arranjo de vozes – Isabella Bretz, Rodrigo Lana e Markéta Irglová
Violão – Alexandre da Mata
Piano e instrumentos virtuais – Rodrigo Lana
Gravação Markéta Irglová – Sturla Mio Thorisson (Masterkey Studios)
Gravação, mix e master – Rodrigo Lana
Produção musical – Rodrigo Lana e Isabella Bretz
Produção executiva e direção artística – Isabella Bretz
Capa: Isabella Bretz

Lyric Video

Jackson Abacatu

FAÍSCA DE PÓ GANHA ANIMAÇÃO DE JACKSON ABACATU

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Animação de Jackson Abacatu para a música “Faísca de Pó”, do álbum Retalho de Mundo, já está no ar! 

Segundo Jackson: “Juntei uma vontade latente de realizar uma experimentação em rotoscopia com a carga de simbolismos e mensagens que a música traz, o que eu pessoalmente acho muito rico de ser transmitido para esse mundo da animação. A música desperta um sentimento bom, uma energia sutil que passeia pela reflexão sobre a vida e nosso lugar no universo.”

Assista abaixo:

NOVO VÍDEO PARA AS CANÇÕES “RETALHO DE MUNDO” E “O RIO E O MEDO”

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Isabella já não se lembra se o ano era 2014 ou 2015, mas a sensação permanece intacta. Leu um parágrafo na internet que trouxe arrepios. Era a história de um rio que tremia de medo ao se aproximar da morte, no seu final encontro com o oceano. Aquelas palavras permaneceram em sua mente e geraram uma série de reflexões. O impacto foi grande, fazendo com que ela desejasse que outras pessoas o sentissem também. Decidiu que escreveria uma música inspirada naquela mensagem. 

O tempo passou, certo dia pegou o violão e começou a dedilhar. Os primeiros quatro acordes apareceram e ela não conseguia sair deles. Percebeu que o ciclo deveria permanecer, dando a sensação de uma corrida. A letra e a melodia foram aparecendo juntas, reconstruindo a narrativa com mais detalhes, momentos, sensações. A música recebeu o nome de “O Rio e o Medo”, e Isabella começou a tocá-la nos seus shows. A resposta do público foi maravilhosa, muitas pessoas embarcaram nessa viagem musical com ela e se emocionaram. 

Em preparação para o disco Retalho de Mundo, iniciado em 2015, Isabella e o produtor musical, Fernando Braga, convidaram Felipe José para fazer o arranjo. “Eu queria que fosse uma mistura de confusão, intensidade e beleza. E foi exatamente o que o Felipe fez! Gosto da forma criativa como ele manuseia os sons.”, diz a compositora. Mesmo depois de o arranjo ter sido escrito, a produção ainda tomava outros contornos. “Estava ouvindo o ensaio para a gravação e teve um momento em que a baqueta do Yuri Vellasco caiu no chão, gerando um espaço breve sem bateria . Eu achei sensacional e pensei imediatamente que isso deveria ser parte do arranjo. O produtor concordou, falamos com o Yuri e assim ele fez! No clipe, essa diferença foi fundamental.”, diz Isabella.

A Operação Escambo, projeto inédito criado por Isabella para levantar recursos para seu disco através da doação de serviços, foi imprescindível para que a música contasse com esses instrumentos. Piano, violão, baixo, bateria, viola, violoncelo, dois saxofones, trompete, trombone, clarinete e baixo acústico, numa dança instigante, são o cenário para essa corrida sem volta do rio. 

“Eu já tinha lido várias coisas do Osho. Leio muito, aprendo com muita gente, mas não sigo gurus. Acho complicado o que se constrói em volta deles. Quantos exemplos nós já tivemos de idealizações que caíram por terra…  A luz e a escuridão caminham lado a lado, nosso filtro tem que estar sempre em dia. É preciso ver as pessoas com a humanidade que elas têm. Assisti o documentário “Wild wild country” e ele mexeu muito comigo. Questionei muito a relação entre mensagem e mensageiro. Mas eu não podia negar a força que essa história teve sobre mim, me afetou de uma forma diferente. Pensei em muitos aspectos sobre a forma como conduzimos nossas vidas.”, conta a artista.

As cenas do vídeo são de vários lugares, principalmente Brasil e Portugal. Isabella incorporou em “O Rio e o Medo” a faixa de abertura, “Retalho de Mundo”, como se fossem uma só. Para ela, essas mensagens se complementam. Foram pensadas para soarem juntas, sem um ponto de interrupção. Assim, o clipe representa as duas.

“Eu sempre disse que se fosse fazer um vídeo para essa música, queria contratar uma ótima agência. Fazê-lo sem a estrutura ideal estava fora de cogitação pra mim, tinha muito receio de prejudicar a mensagem. Mas, obviamente, eu não tinha recursos para isso. Uma sementinha nasceu e fui me inquietando. Eu já tinha todo o roteiro em mente e já havia editado alguns vídeos antes. Conversei com minha irmã e meu cunhado, Danielle Bretz e Ricardo Rodrigues, para ver se me ajudavam. A ideia era apenas tentar, se ficasse ruim não usaríamos. Sem ter feito nada parecido antes, mergulhamos no desafio. O resultado me surpreendeu.”, diz a artista. Por se tratar do encontro das águas, não poderia faltar uma potente menção à Pororoca. 

O disco “Retalho de Mundo” será lançado no dia 25 de novembro. Mais informações no Instagram: @bellabretz.

LIVRO SE TRANSFORMA EM OFICINA DE ÁUDIO PARA CANTORES – SIM SÃO PAULO

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Ministrado por Isabella Bretz e Rodrigo Lana, workshop dá forma ao livro recém-lançado pelos autores

Quem canta, seus males espanta – e quem possui entendimento técnico de áudio, sai na frente no mercado da música. Esse é o ponto de partida para a oficina “Conhecimentos de Áudio para Cantores”, que acontece durante a programação da SIM São Paulo no dia 07/12 (sábado), das 11h às 12h30, no Centro Cultural São Paulo (CCSP). A aula, aberta a todos os credenciados para o evento, será ministrada pela cantora Isabella Bretz e pelo produtor e pianista Rodrigo Lana, que acabam de lançar um livro com o mesmo título.

O workshop traz para os cantores o que precisam saber sobre esse tema tão fundamental para suas carreiras. Pela primeira vez um conteúdo tão técnico e distante foi organizado e explicado de forma acessível e leve, com foco exclusivo em cantores e na voz. Os participantes mergulharão em conceitos, detalhamento de microfones e equipamentos, considerações sobre gravação, edição, mixagem, masterização, “autogravação”, estudo de canto com auxílio do áudio, ferramentas para criação e performance, rompimento de barreiras sócio-econômicas na produção musical, registro e publicação de fonogramas. Tanto cantores iniciantes como os experientes poderão se beneficiar dessas informações e alcançar um ótimo desenvolvimento profissional por meio de sua aplicação.

O livro “Conhecimentos de Áudio para Cantores” partiu da percepção dos autores de uma lacuna no mercado de trabalho – muitas vezes, os profissionais da voz são aqueles que têm menos conhecimentos de áudio. Foi com essa visão em mente e com o objetivo de dividir as suas experiências que Bretz e Lana decidiram desenvolver o primeiro material didático sobre áudio voltado especificamente para quem usa a voz como instrumento.

“Como cantores precisam de poucos equipamentos e seu instrumento está dentro do próprio corpo, eles acabam não se aprofundando na área. Também não existe muito incentivo da indústria para aprenderem, não há cursos e nem livros focados em suas necessidades específicas. Somente os mais proativos mergulham nesse conhecimento. Essa ausência prejudica a comunicação com os técnicos e limita a atuação dos cantores, que poderiam explorar muito mais o seu canto e as performances com a ajuda do áudio”, conta Isabella Bretz.

A cantora une em seu trabalho como artista canções com clima indie folk temperadas com sua brasilidade. Atualmente ela trabalha na produção de seu terceiro álbum. Além disso, Isabella produz e apresenta o programa de rádio Bella Hora (Rádio Voz dos Açores – Portugal), abordando um assunto diferente a cada semana. Foi também uma das apresentadoras do programa Casazul (Rádio Inconfidência – Brasil) e é cocriadora e uma das coordenadoras mundiais do Sonora – Festival Internacional de Compositoras, sendo também responsável por realizá-lo em Lisboa.

Já Rodrigo Lana é produtor e pianista. Enquanto cursava a faculdade de música, ganhou importantes prêmios como o BDMG e o Concurso Nacional de Piano de Ituiutaba. Foi criador do grupo instrumental Diapasão e, com as práticas e pesquisas do grupo, adquiriu uma ótima experiência em palcos e gravações em estúdios. Posteriormente, criou uma produtora musical, onde trabalhou diariamente criando arranjos, direcionando ensaios, coordenando equipes, levando música, sonorização e captação de áudio para diversos tipos de eventos. Com toda essa experiência, ele começou a oferecer cursos técnicos. Sua parceria com Bretz começou com o álbum “Canções Para Abreviar Distâncias”, que coproduziu ao lado da cantora.

Os conhecimentos, experiências e habilidades dos dois autores foram absolutamente complementares e esta grande dedicação conjunta deu origem a um material inédito, inovador, completo e de leve leitura. O objetivo era construir uma obra que desejavam ter lido no início de suas carreiras.

“Temos bons relacionamentos com músicos e, por sermos também músicos, falamos uma linguagem que conseguem compreender, entendemos e conhecemos suas dores e, por isso, é mais fácil apresentá-los várias soluções“, reflete Isabella.

O livro está disponível para compra online em audioforsingers.com e o conteúdo ganha forma no workshop, que chega ao Brasil pela primeira vez na SIM São Paulo. Enquanto isso, é possível acompanhar as dicas compartilhadas gratuitamente nos perfis oficiais do Audio Fro Singers no Instagram (https://www.instagram.com/audioforsingers/) e YouTube (http://bit.ly/2LqEfZi), com conteúdo especializado.

 

Serviço

Oficina “Conhecimentos de Áudio para Cantores”

Data: 07/12/2019 (sábado)
Horário: de 11h às 12h30
Local: Centro Cultural São Paulo
Endereço: Rua Vergueiro 1000 – Paraíso – São Paulo/SP
Entrada: gratuita para credenciados da SIM SP (não é necessário se inscrever)
Compra online: https://www.sympla.com.br/sim-sao-paulo-2019__587219
Classificação: Livre
Lotação: 70 pessoas
Informações e programação completa: https://www.simsaopaulo.com.br/

“CONHECIMENTOS DE ÁUDIO PARA CANTORES”: O LIVRO DE ISABELLA BRETZ E RODRIGO LANA

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Todo cantor precisa passar por uma série de experiências (e erros) para adquirir os conhecimentos necessários para lidar da melhor forma possível com o áudio, muitas vezes levando anos para alcançar o domínio de seu uso. Em muitos casos, esse momento nunca chega, ficando os profissionais restritos ao uso básico dos equipamentos e dispositivos, sem compreender seu funcionamento e tendo dificuldades na comunicação com engenheiros de áudio e outros músicos.

O livro “Conhecimentos de Áudio para Cantores” surgiu, então, do desejo de poupar esse longo tempo e preencher um vazio na indústria musical: a inexistência de material didático sobre áudio focado em cantores. Pensando nisso, os autores escreveram a obra que queriam ter tido a oportunidade de ler no início de suas carreiras, um material inédito no mercado. Nele, os leitores poderão mergulhar nos conceitos do áudio, detalhamento dos microfones e equipamentos, considerações sobre gravação, mixagem e masterização, “autogravação”, burocracias e muito mais.

A soma da experiência de Isabella Bretz com o canto e a de Rodrigo Lana com a engenharia de áudio gerou frutos. Proporcionou a escrita de um texto assertivo, leve, acessível e completo, que tem o seu conteúdo enriquecido por diversas ilustrações elaboradas por eles e executadas pelo artista Jackson Abacatu. Temas técnicos e de difícil compreensão foram apresentados com a ajuda de analogias e exemplos próximos da realidade de qualquer pessoa. Assim, tanto cantores com longa carreira e experiência na área como iniciantes aprenderão como potencializar o seu trabalho, com as ferramentas que o conhecimento de áudio oferece.

 

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O doutorando em Sonologia e professor universitário Fernando Braga, engenheiro de áudio há anos, realizou a revisão técnica, para garantir que a obra não contenha erros conceituais e que todas as explicações estejam claras. A revisão gramatical e ortográfica foi feita pelo mestre em Letras e revisor Francisco Casadore. Já a diagramação, ficou por conta do experiente designer Winner Farias. Um trabalho em equipe, feito de forma criteriosa para que os cantores tenham uma boa experiência na leitura e, o mais importante: alcancem, de fato, um grande aumento de qualidade em seu trabalho e o desenvolvimento de suas carreiras.

A primeira edição do livro é digital, em português. Para as próximas edições, já há planos de expansão para outros formatos e línguas.

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“FAÍSCA DE PÓ” E “DEVANEIO” GANHAM ARRANJO PARA ORQUESTRA EM LIVRO DE RODRIGO GARCIA

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Duas das músicas de Isabella Bretz, Faísca de Pó e Devaneio, essa última escrita em parceria com Jackson Abacatu, ganharam um presente: foram incluídas no livro “Até a Arcada Final”, do maestro Rodrigo Garcia.
 
O maestro recorre à imagem de um prisma para justificar a seleção de canções e artistas presentes em “Até a Arcada Final…”, e-book que poderá ser baixado gratuitamente a partir de hoje no site arcadafinal.com.br, dedicado à música independente feita em Minas. “Seria difícil para qualquer pessoa sintetizar, historicamente, o cenário que está acontecendo, mas apresento uma fatia. Se a música independente mineira fosse um prisma, com todos aqueles rastros de cor, no e-book eu mostro o rastro que eu convivi de perto”, compara. 
 
Os textos que antecedem cada partitura confirmam essa relação mais íntima, relatando participação em gravações como arranjador ou instrumentista dos artistas. Entre eles estão nomes como Khadhu Capanema, seu companheiro na banda Cartoon, André Travessos e Isabella Bretz. “Assim é possível perceber o processo do fazer a música, sobre o que aconteceu para ela se tornar realidade, com as alegrias e frustrações que são inerentes”, registra. 
Arcada 1
     www.arcadafinal.com.br
Os artistas deram carta branca para Garcia. “Como já tinha feito arranjos para eles em outras ocasiões, meio que fecharam os olhos para o que estava fazendo”, confessa o maestro, ressaltando que algumas músicas deram maior trabalho do que outras. “O desafio era manter a expressividade, soando tão bonita como a original”. 
 
O mais interessante do e-book é apresentar arranjos para diferentes instru-mentações e formações, podendo serem usados em orquestras e escolas. O interesse de Garcia neste trabalho surgiu pela possibilidade de aplicação em projetos sociais. “Quando há uma orquestra jovem ou coisa do tipo, geralmente o material já está muito surrado ou ele não existia. Em outros casos, eles fazem um material a toque de caixa, com a mesma melodia para um monte de instrumento, o que pode ser ruim para o aprimoramento do músico”, explica.
Arcada 2
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Conservação
O fato de ele disponibilizar apenas na internet tem relação com a questão da conservação do material. “Muitas vezes as escolas não têm lugar para guardá-los. Ter isso acessível na internet, de maneira fácil, no formato PDF, ajuda muito, pois basta imprimir a música e um abraço”, pondera.
 
“Até a Arcadia Final…” reúne cinco pequenos livros. O mais importante é a edição do maestro, com os arranjos completos para a execução em grupo. Os outros quatro trazem as partituras separadas para instrumentos como violinos, violas, cellos e baixos, todos cifrados para facilitar a adaptação didática. “Acredito que, se bem inspirado pelos professores, com acompanhamento e um cronograma de ensaio, eles serão capazes de tocar todas as músicas com êxito e aprender valiosas lições”, comenta o maestro, graduado em violoncelo, composição e regência pela escola de Música da UFMG.
Arcada 3
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Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/almanaque/m%C3%BAsica-independente-mineira-ganha-e-book-1.674353